segunda-feira, novembro 10, 2025
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Servidores municipais de Curitiba aprovam indicativo de greve — Brasil de Fato

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Os servidores municipais de Curitiba recusaram a proposta de reajuste de 5,17%, que apenas recompõe a inflação dos últimos 12 meses (IPCA). Além de não terem ganho real, a proposta impõe perdas salariais de 17%, segundo o sindicato da categoria, além de ser pago apenas em janeiro de 2026 e sem ser retroativo. A categoria aprovou mobilização no dia 6 de novembro e também uma nova assembleia geral para aprovar greve caso a Prefeitura de Curitiba não melhore a proposta. Ao apresentar o índice, o prefeito Eduardo Pimentel (PSD) atrelou o índice à capacidade de manter a saúde financeira da cidade.

A assembleia realizada pelo Sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba (Sismuc) terminou com a categoria rejeitando a proposta da Prefeitura e aprovando o estado de greve com mobilização e indicação de greve. O formato é adotado para, em caso de paralisação geral, a greve possa não ser considerada ilegal pela justiça.

A gestão Eduardo Pimentel anunciou no fim de outubro a recomposição salarial, calculada em 5,17%, percentual que corresponde à inflação medida pelo IPCA/IBGE (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) do período de outubro de 2024 a setembro de 2025. A recomposição salarial será paga a partir de janeiro de 2026.

Segundo o prefeito, o índice busca manter o equilíbrio financeiro de Curitiba. “Temos feito um esforço permanente de valorizar nossos servidores e manter um caixa equilibrado que nos permita, além de cumprir com todas nossas obrigações, promover um volume recorde de investimentos”, pontuou Pimentel.

Para a coordenadora geral do Sismuc, Juliana Mildemberg, a conta não fecha. Ela diz que os investimentos da Prefeitura são pagos com o sacrifício dos trabalhadores. “Nós estamos perdendo dois meses de reajuste nos nossos salários. Fizemos os cálculos, a Prefeitura tirou do reajuste dos servidores para pagar as licenças-prêmio. Ou seja, deu com uma mão e tirou com a outra”, explicou.

A insatisfação também é registrada pelo magistério municipal. Para o Sindicato do Magistério (Sismmac), o prefeito descumpre compromisso de campanha. “Parece que na cartilha do prefeito “rever” significa rebaixar”, diz nota da entidade.

Já a vereadora Vanda de Assis (PT), que esteve presente na assembleia, a batalha não pode ser feita na Câmara Municipal, uma vez que a bancada governista não vota contra os interesses da gestão. “Essa batalha precisa ser ganha por nós nas ruas e aqui tem um povo que luta e que vai fazer essa mobilização crescer, dizendo ao prefeito que esse calote não pode passar”, argumentou.

Perdas milionárias

O sindicato alega que o adiamento do reajuste e a ausência de retroatividade representam um rombo direto na remuneração do funcionalismo municipal. Estima-se que o pagamento somente em janeiro de 2026 implica uma perda estimada em R$ 64 milhões, que deixam de ser incorporados aos salários de mais de 40 mil servidores ativos, aposentados e pensionistas.

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